Polícia Civil deflagra operação contra esquema de fraudes na Prefeitura de Agudo

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Foto: Polícia Civil / divulgação

 

Na manhã desta quarta-feira, dia 13 de junho, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária – DEAT, do Departamento Estadual de Investigações Criminais – DEIC, coordenada pelos Delegados de Polícia André Lobo Anicet e Max Otto Ritter, com apoio da 3ª DPRI/Santa Maria, desencadeou a denominada Operação Fogo-Fátuo, com o objetivo de reprimir a prática, em tese, dos crimes de Corrupção Ativa, Corrupção Passiva, Peculato, Fraudes Licitatórias, Organização Criminosa e Lavagem de Capitais.

Nesta ação, estão sendo cumpridos trinta e cinco mandados judiciais de busca e apreensão nas cidades de Agudo, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Canoas e Porto Alegre, nove ordens judiciais de bloqueio de ativos e quatro prisões preventivas, entre elas a do vice-prefeito da cidade de Agudo/RS. A operação conta com a participação de cento e oitenta e dois policiais da Polícia Civil Gaúcha, em sessenta viaturas.

Segundo os Delegados André Lobo Anicet e Max Otto Ritter, as investigações duraram aproximadamente um ano, visando à desarticulação de uma organização criminosa estruturada no Município de Agudo/RS, pelo menos desde o ano de 2012, com atuação dentro da Prefeitura, a partir da Secretaria Municipal de Obras, formada pelo vice-prefeito, seus assessores e motoristas, em conluio com empresários do ramo de máquinas e peças.

Por meio das investigações, foi possível obter dados indicando possível fraude a procedimentos licitatórios, através da combinação de valores e fracionamento das compras, buscando enquadramento nos limites legais de dispensa de licitação. Ainda, em conluio com aqueles particulares, eram solicitadas notas fiscais com valores superfaturados, visando ao desvio de recursos públicos. O prejuízo estimado, considerando-se apenas os exercícios financeiros de 2015 e 2016, conforme auditorias do Tribunal de Contas do Estado, pode atingir R$ 1,1 milhão.

A operação tem por finalidade a prisão dos principais alvos, a apreensão de documentos que reforcem a prova da prática dos crimes ora investigados, o sequestro de patrimônio (nove ordens de indisponibilidade de bens, como o bloqueio de contas, apreensão de veículos e bens imóveis), bem como a verificação da participação de outros agentes públicos no cometimento das condutas referidas.

Segundo o Delegado Sandro Luís Meinerz, Delegado Regional de Santa Maria, será realizada uma coletiva às 9h30min, na Associação Comercial e Industrial de Agudo.

 

 

Fonte: Polícia Civil