Plantio da safra de inverno é intensificado no Rio Grande do Sul

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Foto: Vanessa Almeida de Moraes/divulgação


Foto: Vanessa Almeida de Moraes/divulgação

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta semana pela Emater/RS-Ascar, com a melhora nas condições do solo, pela diminuição da umidade excessiva em todas as regiões, os produtores seguem com o plantio das espécies de inverno, em especial o trigo, uma vez que a canola, a cevada e a aveia se encontram com a semeadura praticamente encerrada, com poucas áreas para serem concluídas.

De maneira geral, as lavouras de canola, cevada e aveia estão em situação regulares (85%) e ruins (15%), com desenvolvimento prejudicado pelo excesso de chuvas e falta de luz no período pós-germinação. Algumas áreas foram destruídas pelo excesso de chuva de períodos anteriores, levando os agricultores a acionar o seguro agrícola. Há casos de desistência do plantio e de renegociação junto ao mercado de insumos para devolução de produtos, ou mesmo troca para outra oportunidade, no caso, a próxima safra de verão.

No trigo, o ritmo do plantio foi mais lento, chegando a 71%, contra uma média para a época de 74%, podendo os produtores implantar a cultura dentro do período recomendado. As lavouras implantadas antes do longo período com chuvas ainda apresentam desenvolvimento com baixo perfilhamento e plantas amareladas, porém, com visível melhora. A germinação e o desenvolvimento inicial das áreas implantadas após as chuvas são consideradas muito boas.

 

OLERÍCOLAS E FRUTAS

Na cultura da cebola, embora as altas temperaturas que têm sido registradas acima da média para o período do ano, e não propícias para o bom desenvolvimento das mudas, os diversos dias de plena insolação estão contribuindo na recuperação das sementeiras.

A mandioca nova, colhida neste ano, tem apresentado bom cozimento, mas devido ao clima chuvoso, sofreu perda pelo apodrecimento das raízes, que variam de município para município, ficando em uma faixa entre 25% a 35%. Já é notável a diminuição da oferta de mandioca para venda direta ao consumidor, o que poderá elevar o preço deste alimento.

No Vale do Caí, segue a colheita das bergamotas (Caí tem colheita encerrada e a Ponkan está com 60% das frutas colhidas), laranjas (estão em colheita a Céu Precoce, a Umbigo Bahia e a Shamouti) e limões. Em relação à lima ácida Tahiti, o popular limão da caipirinha, em São Sebastião do Caí, principal produtor desta fruta no RS, as plantas não apresentam boa carga de frutas e frutinhos para os próximos meses. Houve grande queda de frutas na primeira quinzena de junho devido ao excesso de umidade e chuvas contínuas. Devido a este fato o preço deve reagir de forma positiva nesta entrada de inverno.

 

PASTAGENS E CRIAÇÕES

A semana mais seca intensificou a implantação das pastagens, que já estava com atraso, devido às últimas semanas chuvosas. As duas últimas semanas com alta radiação solar favoreceram o pleno desenvolvimento das pastagens de inverno implantadas, recuperando em boa parte o crescimento e desenvolvimento das forrageiras, que tinham sido prejudicadas. A umidade excessiva e a baixa insolação estavam retardando o desenvolvimento das pastagens de inverno. A produção de silagem está encerrada neste ano, com excelente produção.

De maneira geral as condições nutricionais do rebanho ovino são boas. Os ovinos que se encontram exclusivamente em campo nativo perderam peso devido ao baixo desenvolvimento das pastagens e ao longo período de chuvas.

 

 

Fonte: Emater