Piloto que morreu em acidente na Bahia sonhava em ser campeão mundial de acrobacia

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O piloto André Textor, que morreu na tarde de sábado, 31 de outubro, durante uma apresentação em Salvador, na Bahia, sonhava em ser campeão mundial de acrobacia. Ao jornal Zero Hora, Ruy Alberto Textor, pai de André, disse que o filho era exemplo para a comunidade aeronáutica do país inteiro.

“Pensa num cara empolgado, que é exemplo para a comunidade aeronáutica do país inteiro… Estamos recebendo apoio e solidariedade de onde nem se imagina. Agradecemos muito. O André era uma pessoa indescritível, que deixou um rastro de alegria e paz por onde passou”, destaca.

O espetáculo tinha André, o irmão Tiago e o pai, Ruy, que conduziam três aeronaves diferentes. André caiu no mar em frente ao Farol da Barra e não resistiu aos ferimentos. Ele deixa uma filha de dois anos e a mulher, grávida de oito meses.


 

Vídeo: veja como era o trabalho da “Textor Air Show”

A família de pilotos instalou-se em São Sepé em 1984, depois que o avô da vítima deixou Santa Maria (RS), onde mantinha uma empresa de manutenção de aviões. Há 20 anos, uma parte dos Textor migrou para Rio Verde (GO) para trabalhar no campo.

No Centro-Oeste, abriram uma empresa de aviação agrícola e outra de shows aéreos. Além de atuar no combate a pragas em lavouras e incêndios florestais, por exemplo, eles fecham contratos com prefeituras, bases aéreas e eventos para exibições da esquadrilha, cuja frota é dos próprios familiares. Foram mais de 350 performances até hoje.

Há 16 anos André alternava a rotina entre o campo e as acrobacias, e no ano passado sagrou-se campeão brasileiro na modalidade. Dedicado, ele se preparava para disputar o campeonato mundial e pretendia fazer apresentações internacionais junto com o pai e o irmão.

 

Pai de André disse que só viu os destroços no mar

O pai de André relatou ao jornal Zero Hora que não viu a manobra que tirou a vida do filho. Segundo Ruy Alberto, o avião que caiu em frente ao Farol da Barra era um Slick 540, de fabricação sul-africana, considerado moderno e seguro:

“Eu estava de costas no momento e só vi os destroços no mar. O pessoal do resgate demorou de 10 a 20 minutos para encontrar o corpo, já sem vida. Foi o primeiro (acidente) que vivemos, infelizmente fatal. Pode ter ocorrido falha mecânica ou humana, é difícil falar. Ele era um profissional competente”, relatou Ruy ao jornal Zero Hora.

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* Zero Hora

Fotos: reprodução / Facebook

 

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