Os desafios pela sobrevivência

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“Apesar de tudo, aqui é melhor.” Essa é a opinião de venezuelanos que buscam refúgio em nosso país para não morrerem de fome. Boa Vista, capital de Roraima, está enfrentando muitas dificuldades para atender de forma humanitária os 40 mil imigrantes que estão fugindo da crise econômica, social e política da Venezuela.

A incompetência administrativa desse país socialista, rico em petróleo, gerou a escassez de alimentos, de medicamentes e de produtos básicos, com inflação galopante de 700% que corrói a moeda, fazendo com que muitos venezuelanos saiam de seu país em busca de sobrevivência. Outro fator agravante é a perseguição política dos que se opõem ao governo de Nicolas Maduro. No auge do desespero, muitos deles enfrentam um percurso de muitos quilômetros, viajando de carona ou a pé na esperança de sobrevivência, ou seja, de melhores condições de vida.

Para atender a demanda de refugiados, ginásios são abertos em apoio aos estrangeiros, oferecendo abrigo. Há também parcerias com ONG’s e igrejas para distribuir comida de graça aos mesmos. Devido à falta de dinheiro, há prostituição, tráfico de drogas e “crimes de fome”. Além disso, muitas gestantes vêm para o Brasil a fim de ter atendimento médico. E ainda, pela situação crítica na qual se encontram, bastantes crianças adoecem, trazendo preocupação para a Secretaria de Saúde daquele estado. Por essa razão, foi decretada a situação de vulnerabilidade em Roraima.

Portanto, para superar as barreiras do desemprego, do idioma, da saudade, da xenofobia e o desafio de recomeçar a vida, o governo brasileiro deve fazer planos de interiorização dos imigrantes para que sejam levados a outros estados com o objetivo de dar mais oportunidades de trabalho aos venezuelanos. Só assim terão a esperança de um futuro melhor, sem pensar em não “morrer por causa da fome”.

 

 

Tema da redação: Os refugiados venezuelanos

Redação elaborada pelo grupo de alunos que participam do projeto “Produção Textual”, do Colégio Estadual São Sepé (CESS), orientado pela professora Norma.

 


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