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O registro de pelo menos quatro casos de assalto à mão armada nos últimos dez dias, além de uma série de furtos, tem trazido medo e receio à comunidade de São Sepé. Apesar de historicamente – a exemplo de outros municípios de mesma proporção – a cidade sempre ter registrado algumas dezenas de casos durante o ano, o que vem chamando atenção das autoridades, e principalmente da população, é a forma violenta com que os atos tem acontecido.
O primeiro fato aconteceu no dia 18 de novembro quando uma propriedade rural onde estava o caseiro e a família foi alvejada a tiros. Apesar do susto, nada foi roubado. Na ocasião, o proprietário do local lamentou o baixo efetivo da Brigada Militar que teria impedido, segundo ele, uma ação imediata. Dois dias depois um advogado foi surpreendido por quatro homens armados que o renderam e levaram um Toyota Corolla, ainda não localizado pela Polícia. Em mais três dias, dois fatos registrados no centro da cidade davam conta de uma residência invadida por indivíduos encapuzados em que, apesar de terem roubado apenas celulares, teriam dito estar em busca de armas de fogo. No segundo fato, um homem foi agredido em via pública com golpes de facão por dois indivíduos que fizeram o roubo de um celular e R$ 10,00 em dinheiro. Um dos casos mais graves foi registrado a partir do relato de uma menina de apenas 16 anos. Ela contou à Polícia ter sido sequestrada e estuprada às margens do Rio São Sepé. O fato teria sido executado também por dois homens.
O último assalto à mão armada foi realizado na noite da última quarta-feira, quando uma mulher foi surpreendia enquanto aguardava o namorado próximo ao ginásio de esportes. Homens armados com facas ordenaram que ela abrisse o veículo de onde foi levado o rádio. O celular da vítima também foi roubado. Outros casos como furtos e uma fuga do Presídio Estadual de São Sepé, foram registrados na última semana.
*Colunista do “OSepeense.com” escreveu sobre o assunto. Clique aqui para ler artigo.
Efetivo das Polícias pode ser explicação
Apesar dos fatos terem sido a pauta principal de assuntos na comunidade nos últimos dias, os dados de registro de ocorrência da Brigada Militar não mostraram grandes aumentos se comparado a outros meses. Uma das maiores preocupações tanto da BM quando da Polícia Civil tem sido o número de servidores para atender a demanda de serviço. Recentemente, o até então Comandante da Brigada Militar de São Sepé, Magno Brum, destacou a nossa reportagem que atualmente são 17 soldados na guarnição de São Sepé. Além do patrulhamento da cidade e do interior, a equipe ainda presta apoio ao Presídio Estadual. Na Polícia Civil, apesar da situação ser semelhante, já há expectativa de que novos agentes possam ser transferidos para o município.
Autoridades pleitearam aumento de efetivo ao longo de 2014
Um encontro no Comando da Brigada Militar de Santa Maria, na sexta-feira, 28, deve mobilizar autoridades como o prefeito de São Sepé, Léo Girardello, junto a uma comitiva composta por membros do Executivo, da Justiça e de conselhos de segurança do município. O objetivo é somar forças para que alguma ação seja tomada pelo Estado.
Girardello destacou que nos últimos meses tem enviado ofícios para órgãos de segurança pública e, inclusive, um dos documentos teria sido ser encaminhado diretamente para o Governador Tarso Genro. “Literalmente estamos pedindo socorro. O baixo efetivo tanto da BM quanto da Polícia Civil não é uma particularidade de São Sepé, mas precisamos tratar isso com muita responsabilidade”, declarou.
O grupo também deve tratar no Comando da BM questões referentes à implantação do sistema de videomonitoramento na cidade.
