Mesmo após acordo, protesto e atos de apoio de entidades estão confirmados em São Sepé

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O acordo de trégua anunciado entre o Governo Federal e representantes dos caminhoneiros em Brasília, na noite da última terça-feira, 24, pode não surtir o efeito desejado. A notícia de que haveria uma pausa de 15 dias nos protestos não foi aceita por boa parte dos grupos manifestantes pelo país. A previsão é que, na região central do Estado, as manifestações sejam retomadas no início da manhã desta sexta-feira. Polícias Rodoviárias seguem monitorando os pontos de bloqueio na região.

Em São Sepé a paralisação deve ser mantida segundo os organizadores. Também está confirmado o ato de apoio de entidades e órgãos públicos a partir das 10h de hoje.

Lideranças sepeenses disseram que a ação proposta pelo governo é uma jogada para que a opinião pública se volte contra os caminhoneiros. Eles pediram apoio da população para conseguir avançar nos objetivos pretendidos.

 


Negociações

Para cumprir a proposta de previsibilidade mensal nos preços do diesel até o final do ano, o governo precisará negociar com o Congresso em relação ao projeto aprovado ontem na Câmara que zera o PIS/Cofins para o diesel. A ideia que foi apresentada é que o tributo não fosse zerado, mas usado para compensar a Petrobras em tempos de alta no valor do barril do petróleo e manter os preços estáveis.

Quanto ao ICMS, que já tem projeto para sua alteração tramitando no Senado, o governo também precisaria negociar com os governadores, pois se trata de um imposto estadual. Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a discussão será sobre alterar o cálculo desse imposto, que varia de acordo com o preço do combustível. Ou seja, se o diesel aumenta, o ICMS também aumenta. O ministro da Fazenda explicou que mesmo que o governo ajude na previsibilidade mensal dos preços, eles ainda poderão variar para cima ou para baixo. Os novos preços serão calculados mês a mês segundo o mercado.

 

 

* com informações Diário de Santa Maria