Mais de 1600 estabelecimentos já foram visitados no Censo Agro em São Sepé

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O IBGE completou recentemente 93,6% da coleta, primeira etapa dos trabalhos do 11º Censo agro do Brasil, o 10º realizado pelo IBGE. Foram coletadas informações de 4.918.593 estabelecimentos agropecuários dos 5.252.354 inicialmente estimados pelo Instituto. Em São Sepé pelo menos 1623 estabelecimentos já foram coletados.

Para o presidente do instituto, Roberto Luis Olinto Ramos, o IBGE atingiu a meta, uma vez que os cerca de 19 mil recenseadores envolvidos na operação censitária visitaram 7,2 milhões de endereços, quase dois milhões a mais que os inicialmente listados, para identificar a existência ou não dos estabelecimentos.

No Rio Grande do Sul, já foram recenseados 358.867 estabelecimentos agropecuários, o que significa 81,1% da estimativa inicial. No entanto, é muito importante considerar que, no caso específico do Estado, tomando em conta a cobertura do território até 28 de fevereiro e o que ainda resta ser feito das coletas descentralizadas e especiais, o Estado deverá concluir o trabalho com um número de estabelecimentos razoavelmente inferior aos 442.760 estabelecimentos estimados inicialmente.

Essa diferença ocorre porque o cadastro de endereços vai sendo atualizado na medida em que os recenseadores vão percorrendo o país: eles excluem os endereços que não caracterizaram um estabelecimento agropecuário e incluem outros que foram identificados e que não constavam da lista inicial.

“Nosso objetivo inicial foi atingido. Tanto é assim, que o cronograma de divulgação dos primeiros resultados está mantido para o mês de julho”, comemora o presidente.Outro ponto que tem preocupado alguns moradores é a presença de pessoas que possam se passar por profissionais do IBGE. De acordo com o órgão, os trabalhadores sempre são com colete, boné e crachá e portam dispositivo móvel de coleta (um smartphone) para o registro dos dados coletados. É possível ainda conferir a identidade dos recenseadores clicando aqui

Em São Sepé, qualquer dúvida em relação a identidade dos pesquisadores do Censo pode ser conferida com a Agente Censitária Municipal, Bianca Aline Lüdtke Schneider, pelo telefone (55) 9 9910-5622. Todos os dados informados ao Censo são protegidos por legislação que garante o sigilo em relação às informações prestadas ao recenseador. Os dados são utilizados exclusivamente para a produção de estatísticas.


Coleta continua em áreas afetadas por chuvas e em locais de difícil acesso

Olinto esclarece que ainda não é possível afirmar se houve uma alteração significativa no número de estabelecimentos em relação ao Censo realizado em 2006. “Passamos agora por uma fase de ajuste fino, com a apuração dos dados coletados e a crítica deles. Além disso, a coleta ainda permanece em algumas regiões, especialmente aquelas onde fatores climáticos afetaram seu andamento e nas áreas de difícil acesso, o que já era esperado pelo IBGE”, explica.

A crítica dos dados é um procedimento estatístico pelo qual se verifica se há coerência nas informações coletadas, minimizando-se, com isso, a possibilidade de erro. Portanto, em alguns casos, é preciso voltar ao estabelecimento agropecuário e aplicar novamente o questionário.

Segundo o gerente do Censo Agropecuário, Antonio Florido, as Unidades da Federação mais afetadas pelos fatores climáticos foram o Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Acre, e outros em menor escala, onde as chuvas de verão dificultaram o acesso aos estabelecimentos a serem recenseados.

Há, ainda, as áreas indígenas, cujas visitas ocorrem com a intermediação da Fundação Nacional do Índio (Funai).

“Nosso planejamento já previa que teríamos que utilizar um tempo de coleta além do final de fevereiro, devido a possíveis fatores climáticos. Trabalhamos no período de chuvas em boa parte do Brasil e, além destes possíveis complicadores para trabalho em campo, ainda tínhamos as áreas que sabidamente são de maior dificuldade”, conclui Florido.


IBGE vai divulgar os primeiros resultados do Censo Agro em julho de 2018

Previstos para serem divulgados em julho de 2018, os primeiros resultados do Censo Agro vão mostrar o perfil do produtor rural por sexo, idade, cor ou raça, alfabetização e escolaridade, utilização das terras, efetivos da pecuária, produção animal e vegetal, a forma de obtenção das terras, as práticas agrícolas utilizadas no estabelecimento, entre outros.