A divulgação de uma lista contendo o nome de 200 políticos que teriam recebido repasses da construtora Odebrecht, causou especulação e ainda mais polêmica. Os nomes foram localizados pela Operação Lava Jato, na casa do empresário e presidente da empreiteira, Benedicto Barbosa Silva Junior. A listagem, que estava em duas residências do empresário, no Rio de Janeiro, foi recolhida pela Polícia Federal e divulgada pela imprensa nesta quarta-feira, 23, pela Justiça Federal.
Entre os nomes citados, estão 40 políticos gaúchos que supostamente seriam beneficiados com recursos da Odebrecht. Entre eles, está Helen Cabral, que concorreu a prefeita de Santa Maria em 2012. Outros nomes da região central do Estado são do atual prefeito de Caçapava do Sul, Otomar Vivian (PP), e do deputado federal Nelson Marquezan Júnior (PSDB).
O ex-governador Tarso Genro (PT) também integra a planilha. Ele nega que tenha recebido recurso ilegal da empreiteira.
A investigação inicial não aponta de que forma cada político recebeu os repasses ou se foram doados aos partidos, que depois repassam aos candidatos durante as campanhas eleitorais.
As buscas fazem parte da 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, cujo alvo foi o marqueteiro João Santana e sua mulher, Monica Moura. O casal foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.
No começo da tarde desta quarta-feira, depois de a planilha ser publicada em diversos sites da internet, o juiz responsável pela Lava Jato, Sergio Moro, decretou sigilo dos dados. Ele pediu ao Ministério Público Federal para se manifestar sobre o assunto.
