Latas, móveis, eletrônicos, etc…a cidade está suja e a culpa é de quem?

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guilherme PPCI ok


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Não precisam muitos metros, tampouco, sair do centro da cidade. Em uma volta rápida pelas ruas do município de São Sepé é possível identificar pontos onde o entulho divide paisagem com vias, casas e terrenos baldios. O problema não é de hoje e se agrava em determinadas situações e épocas do ano. Nesta semana, a reportagem o Osepeense.com dá um giro por São Sepé, conversa com moradores e autoridades e pergunta: de quem é a culpa?

 


Entulhos por toda parte

O problema do acúmulo de entulho sobre as vias não é particular de determinada região da cidade. Aliás, não pense que é apenas um transtorno característico da área urbana: no meio rural a história se repete. Em meio a restos de construções, objetos como madeiras, pneus, sacolas e peças plásticas fecham um conjunto nada agradável aos olhos.

Em alguns pontos ainda há o agravante da vegetação alta que por vezes encobre parte da sujeira. Noutros locais, são as áreas de particulares (terrenos baldios) que limitam os bairros de uma aparência digna de um município considerado limpo.

 


População diz que falta de educação se soma a serviço ineficiente

Para o presidente da Associação de Moradores do Bairro Santos, Ivan dos Santos, o problema passa pela conscientização. “No geral, o recolhimento funciona, mas recebemos relatos de moradores dizendo que outros habitantes do bairro acabam depositando entulhos pouco depois do serviço de recolhimento”, explica.

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É de opinião semelhante que partilha o Corretor de Seguros, Marcel Foletto Pereira. Ele relata: “É triste a situação da limpeza da nossa cidade. De um lado a Prefeitura, responsável pela coleta e limpeza Urbana, mas que ao meu ver não é verdadeira culpada pelo depósito de lixo que virou as ruas da cidade, fruto da irresponsabilidade de alguns moradores que acham que o lixo, passando da porta da sua casa para fora, a responsabilidade passa a não ser mais dele”.

Marcel também destaca o papel do poder público e o comprometimento dos habitantes. “Do outro lado a população, que não possui, de forma clara, uma orientação de como agir sobre o assunto, como um organograma dos dias e horários de coleta (embora quem tenha interesse pelo caso sabe exatamente este organograma sem que a Prefeitura precisasse avisar) além de ver algumas regiões da cidade tomadas pela sujeira das ruas, meio-fio, terrenos baldios, sem contar a situação dos calçamentos, que antigamente eram motivos de orgulho. Acredito que com um pouco mais de conversa e muito mais atitude da população, a situação possa melhorar, finaliza o morador de uma área central da cidade.

 


Mas e o serviço de recolhimento?

De acordo com a prefeitura, há equipes e veículos destinados a percorrer as ruas de todos os bairros no recolhimento dos entulhos. No entanto, falta um serviço eficiente de definição dos pontos. “As equipes fazem o que podem com a estrutura que temos. Os moradores precisam entender que após passar em um bairro o serviço vai ter que ser feito nos outros locais, para daí sim retornar naquele local”, defendeu o Coordenador de Cidades, Bino Rosso, em recente entrevista na Rádio Cotrisel.

Questionado sobre o roteiro, o Coordenador disse que o Executivo Municipal analisa a realização de uma campanha de conscientização na cidade. Um carro de som anuncia antes que o recolhimento será feito em determinado dia da semana. Ainda segundo o executivo, há a expectativa de que uma empresa possa explorar o uso de containers para armazenar restos de construção. A medida ainda não entrou em vigor.

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Guilherme Motta