Interrogatório de acusado de matar esposa em Dilermando de Aguiar será em outubro

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Foto: Germano Rorato / arquivo DSM

 

Antônio Adelar Rigão Stello, de 53 anos, acusado de matar e ocultar o corpo da sua esposa, a diarista Ana Lúcia Drusião, 35 anos, será interrogado em audiência judicial no dia 31 de outubro, às 13h30min, no Fórum de Santa Maria. Ana Lúcia está desaparecida desde 31 de maio de 2016. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Stello teria matado Ana Lúcia por motivo fútil. A reportagem é do Diário de Santa Maria.

O casal estava em processo de separação. Eles moravam em Dilermando de Aguiar com uma das filhas, na época com 10 anos de idade. Outra filha do casal, de 19 anos, residia em Santa Maria. O processo contra Stello ainda está em fase de instrução. Stello nega as acusações e aguarda julgamento em liberdade. Ele chegou a ser preso na época do fato durante dois dias.

 


Acusação

O advogado assistente de acusação no caso, Daniel Tonetto, acredita que o juiz vá pronunciar o réu, ou seja, vai determinar que Stello vá a júri popular. Segundo a acusação, Stello não aceitava o fim do relacionamento e teria feito ameaças à esposa dizendo que a mataria se descobrisse que ela havia se separado dele para ficar com outro homem. Na época do crime, equipes da Polícia Civil, da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros fizeram uma varredura na propriedade onde o casal morava, mas o corpo nunca foi encontrado. Até mesmo um açude no local foi esvaziado à procura de vestígios.

 


Defesa

O advogado de Stello, Fabiano Braga Pires, disse que, na audiência, também serão ouvidos vizinhos e familiares do casal. Pires defende que o marido de Ana Lúcia sempre esteve à disposição das investigações.

“Estamos no mesmo lado da Justiça. Ele (Stello) também quer descobrir o que aconteceu. Esta situação está acabando com o psicológico dele. Ele sempre contribuiu com a polícia, muitas vezes mesmo sem a presença de defensor constituído. Vamos provar a inocência dele, uma vez que não há conjunto probatório que ensejasse a acusação”, sustenta Pires.

 


Investigação

Para a polícia, a reconstituição do caso sob o ponto de vista da versão do acusado, feita em setembro de 2016, indicava que as declarações de Stello eram falsas. Ele também foi submetido ao teste do polígrafo, conhecido como detector de mentiras, que registra alterações nas reações fisiológicas no organismo de um indivíduo quando estimulado em perguntas diretas. O laudo do aparelho havia indicado que o acusado estava mentindo.

 

 

Fonte: Diário de Santa Maria