Homens armados fazem reféns, assaltam banco e fogem no Vale do Rio Pardo

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Foto: Kelly Veronez/RBS TV


 

Foto: Kelly Veronez/RBS TV

Um banco foi assaltado no começo da tarde desta segunda-feira, 1, em Monte Alverne, distrito do município de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, que fica a pouco mais de 150 km de Porto Alegre.

Conforme a Brigada Militar, cerca de cinco homens armados com fuzis e pistolas chegaram ao local atirando para o alto, fizeram um cordão humano com cerca de 15 clientes e funcionários da agência e, depois, fugiram com pelo menos duas pessoas.

Seriam um funcionário e um vigia, que foram liberados momentos depois, durante a fuga.

A BM não tem informações sobre feridos. Buscas aos suspeitos começaram a ser realizadas logo após o assalto, que ocorreu por volta de 13h10. Dois veículos foram abandonados na fuga, e um deles foi incendiado na ponte que divide Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires.

Foto: Portal Arauto

Ainda de acordo com a BM, durante a fuga os criminosos roubaram um carro de o padre Irineu Marcos Sehnem, mas acabaram parando com o veículo em uma área de vegetação. Esse carro também foi abandonado. A partir daí, seguiram fugindo a pé.

A polícia ainda não confirma se os assaltantes conseguiram levar dinheiro do banco.

Um helicóptero da polícia ajuda nas buscas. A Brigada Militar pede que qualquer informação seja repassada pelo 190.

Foto: Kelly Veronez/RBS TV

 

‘Foi triste de ver’, conta o subprefeito

O subprefeito do distrito de Monte Alverne, Mauri Frantz, estava a cerca de 200 metros do Sicredi, quando ouviu os tiros do assalto. “Saí do prédio e vi o cordão humano e os caras andando no meio deles, pelo menos um com arma grande, e dando tiro”, descreve. “Foi triste de ver”, lamenta o subprefeito da localidade, que tem 5 mil moradores na zona rural e cerca de 1,3 mil na zona urbana.

Segundo Frantz, um funcionário do banco teve ferimentos leves, atingido por estilhaços da porta, que foi arrebentada. E um cliente, um agricultor, levou uma coronhada. “Passei a mão na cabeça dele. Ficou um galo”.

O padre que teve o carro roubado durante a fuga vinha de Venâncio Aires para a localidade, conforme o subprefeito.

O crime assustou a pequena comunidade, conta Frantz. “Todo mundo na corda humana se conhecia. É uma vila tranquila, o colégio fica perto”, resume. O mesmo banco já havia sido alvo de assaltantes há dez anos, segundo o subprefeito.

 

‘Pensei que era acidente’, relata padre

O padre Irineu Marcos Sehnem dirigia de Venâncio Aires a Santa Cruz do Sul, quando, na ponte de Monte Alverne, se deparou com os assaltantes. “Vi o carro atravessado na ponte. Pensei que era acidente”, relata ele.

O padre conta que diminuiu a velocidade, parou o carro e só então percebeu que os homens estavam armados e vestidos com toucas ninjas. “Aí subiu as chamas do carro”. Conforme o padre, eram entre quatro e cinco homens.

Logo depois, o grupo se dirigiu ao veículo do padre. “Me mandaram sair do carro, deram um tiro no pneu dianteiro, acho que para que eu não fosse atrás deles”, narra. Porém, acabaram decidindo por usar o carro do padre na fuga. Conforme o relato de Irineu, os assaltantes falaram “vamos no carro dele” na frente do padre.

“Mandaram eu correr. Tive que passar pelo carro em chamas”, conta. O padre não chegou a ser ameaçado nem teve a arma apontada, como ele conta. Logo após passar a ponte, ele encontrou pessoas que o ajudaram a entrar em contato com a polícia.

O carro era locado, e conforme o padre, tem seguro. “O problema é que perdi a tarde”, lamenta Irineu.

 

 

Fonte: G1 RS