Filho de vigia que teve olho perfurado durante assalto reclama da insegurança

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Um vigia teve o olho perfurado durante um assalto ocorrido na BR-392, em São Sepé. O caso aconteceu na tarde de domingo, 5, e causou revolta nos familiares da vítima que corre o risco de perder a visão.

Conforme Júlio Santos, o vigia João de Deus dos Santos seguia para o local do trabalho quando próximo à empresa Francisco Siqueira Imóveis Rurais foi surpreendido por dois adolescentes armados com um canivete. Santos disse que os criminosos puxaram a bolsa que o pai dele carregava e roubaram a carteira funcional da atividade em que desempenha, além de levarem pouco mais de R$ 20,00. Enquanto um dos adolescentes pegava a bolsa, outro indivíduo perfurou um dos olhos do trabalhador com um canivete. A dupla fugiu com o dinheiro e pertences da vítima.

Santos reclamou da insegurança vivida no município sepeense, assim como em outras cidades do Estado. “A gente se sente sem poder fazer nada. A criminalidade aumenta dia após dia em São Sepé. Estamos a ‘Deus dará’. São Sepé é uma cidade pequena, mas se compararmos perto de grandes centros a criminalidade é alta. A gente se sente impotente, sem poder fazer nada. Vai chegar um ponto que a gente não vai conseguir sair de casa, vamos ter que ficar presos dentro de nossas próprias casas”, desabafa.

A vítima foi atendida no Hospital Santo Antônio mas, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A família tenta uma transferência para algum hospital especializado em Porto Alegre, já que o trabalhador corre o risco de perder a visão do olho atingido.

O filho da vítima ingressou com uma ação na Justiça para que João seja transferido imediatamente para Porto Alegre, mas ele foi informado que o trâmite é demorado. Por isso, Santos foi até a Defensoria Pública em Santa Maria para tentar agilizar a transferência de seu pai. O HUSM não possui atendimento especializado para este tipo de caso. O vigia está com apenas 10% da visão e é preciso que seja feita uma restauração no olho, pois o nervo ótico foi afetado durante o assalto.

 

 

Guilherme Motta