Exclusivo: de São Sepé para os Estados Unidos

0
190

ZEZINHO

Exclusivo – Todos os anos, milhares de estudantes procuram intercâmbio com o objetivo de adquirir conhecimentos e experiências. Foi o caso do sepeense José Sampaio Magalhães, conhecido também por Zezinho, que hoje estuda na Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos.

O jovem sepeense vive em Pittsburg, uma cidade do interior do estado do Kansas, com aproximadamente 20 mil habitantes. Divide apartamento com mais três pessoas em um dormitório dentro do campus.

Magalhães conta que a oportunidade de estudar nos Estados Unidos surgiu através do programa Ciência Sem Fronteiras, do Governo Federal. O programa proporciona que os estudantes aprimorem seus conhecimentos e a cultura de um modo mais abrangente.

zezinho3

“Tudo começou em agosto de 2013 quando a Chamada 143 do Edital para os EUA estava aberta. Efetivei a incrição, e fui passando por fases burocráticas na qual todo estudante é submetido. Em primeira instância a aprovação da UFSM, na qual notas e desenvolvimento acadêmico foram avaliados. Segundo passo foi a realização da prova TOEFL com intuito de nivelar o inglês na qual eu tinha e claro alcançar a nota mínima permitida para que eu pudesse ser selecionado para o programa. Ao longo do tempo a SAI (Secretaria de Apoio Internacional) da UFSM foi pedindo documentos como historico escolar traduzido, e algo extra que eu tinha realizado ate entao na faculdade, no meu caso o Projeto Baja SAE. Então, após longos quase 8 meses, em Fevereiro desse ano a Universidade Estadual de Pittsburg (Pittsburg State University) aceitou meu histórico escolar e enviou me um TOA (documento na qual a universidade do exterior manda aceitando a vinda do aluno) de aceitação para a vinda. Após tudo isso ainda tive que ir a São Paulo para fazer o Visto Americano e então sair do Brasil no dia 14 de março”, conta.

O estudante de Engenharia Mecânica da UFSM finalizou seis semestres antes de embarcar para os Estados Unidos.

“Aqui, nos quatro primeiros meses passei pelo curso de Inglês (IEP – Intensive English Program) onde finalizei o quarto nível dos seis, pois o governo mandou-nos refazer a prova do TOEFL com o intuito de mandarmos o mais rápido possível para a faculdade propriamente dita. Felizmente alcancei a nota requisitada pela universidade e pude parar de fazer o curso de inglês. Então, em agosto desse ano, comecei a graduação aqui. No entanto, aqui nos EUA meu curso passou de Engenharia Mecânica para Automotive Technology (Tecnologia Automotiva), pois tive a oportunidade de fazer cursos mais específicas dessa área na qual é do meu gosto”.

 

Como é a vida nos EUA?

Magalhães conta que gosta muito de viver nos EUA e tem a rotina normal de provas, aulas e trabalhos. Segundo ele, a faculdade é referência em se tratando de parte automotiva e mecânica.

“As aulas são muito didáticas e também práticas. A qualidade do ensino é indiscutível, professores bem qualificados, salas de aulas bem preparadas, com laboratórios de ensino e pesquisa. Minha alimentação é basicamente feita em um restaurante dentro do campus (Dinning Hall). Lá tenho acesso a café da manhã, almoço, janta e refeições intermediarias se eu precisar. (Acesso liberado de segunda a segunda). Outro ponto bem importante é com relação ao custo de vida. Aqui não é um lugar barato de se viver, pois aluguel, alimentação e também a educação (apesar de estadual, nos EUA todas as universidades são pagas) têm um alto custo. Segurança é um ponto muito forte aqui. Aqui pode-se viver tranquilo, sem medo de ser assaltado nas ruas ou roubado. (Pelo menos não sei de nenhum relato referente a isso). Lembrando que todo o custeio referente a acomodação, alimentação, faculdade e bolsa mensal é via governo federal”, explica José.

O estudante sepeense ainda comentou que o Ciência Sem Fronteiras estimula a volta dele ao Brasil para agosto de 2015. A qualificação de acordo com a nota do TOEFL, determinou a estadia nos EUA por um ano e meio, sendo os seis primeiros meses referentes ao curso de inglês e um ano na faculdade.

 

Como é feito seu contato com familiares?

Magalhães disse que sente muita saudade da família que mora em São Sepé. “Esse é o ponto mais difícil com relação a morar tão longe da família e amigos. Converso diariamente com minha mãe via Skype, na qual ameniza bastante, visto que podemos nos ver. Também sempre mantenho contato com os meus amigos, avós, tios, pai seja por app tais como Whatsapp, Facebook e também as vezes por Skype ou ligações.

 

Zezinho deixou uma dica para quem deseja fazer intercâmbio e morar fora do Brasil:

“Aproveitem essa oportunidade do governo federal, pois não se sabe até quando o programa vai existir. É claro que o programa não atinge todas as áreas, mas quem tem a oportunidade aproveite, visto que a experiência de vida é indescritível”, concluiu.