Estiagem: São Sepé deve decretar situação de emergência

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Foto: arquivo/divulgação


 

Municípios da região estão sofrendo com a falta de água. São Gabriel decretou situação de emergência. Nos próximos dias, pelo menos outros três devem seguir o mesmo caminho, já que a falta de chuvas prejudica as lavouras, a criação de gado e, até o abastecimento de água para consumo da população.

Os casos mais graves, depois de São Gabriel, são de Caçapava do Sul e São Sepé. Juntos, os dois municípios levam água 120 famílias de diferentes localidades do interior. Além disso, as lavouras registram perdas na produção e há casos até da morte de animais pela falta de água e pasto. Autoridades e órgãos desses municípios devem se reunir nos próximos dias para decretar a situação de emergência.

“As quebras já existem e a situação de emergência não irá reverter o cenário da estiagem. No entanto, é um forma de os produtores, os pequenos, principalmente, diminuírem as suas perdas e pagarem as contas fixadas para a safra”, diz o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de São Sepé, Leonardo Leonardi.

 

A situação em São Sepé

O município já contabiliza uma perda de 60% nas lavouras de soja, que somam 60 mil hectares cultivados. O caso do arroz, o índice de quebra é menor, em torno de 10% dos cerca de 18 mil hectares plantados.

A situação mais grave é a do milho, que deverá registrar uma perda de 50%. As informações são responsável técnico da Emater local, Paulo Silva. Ainda de acordo com ele, os criadores de gado já estão suplementando a alimentação do rebanho porque não há mais pasto e de água para os animais.

Segundo o secretário da Agricultura e Meio Ambiente de São Sepé Leonardo Leonardi, a prefeitura está levando água para mais de 50 famílias em diferentes localidades do interior do município.

Na próxima terça-feira, 20, uma reunião entre os órgãos ligados ao meio rural será feita com objetivo de avaliar o percentual de perdas e ingressar com o pedido de decreto de emergência visando que os produtores possam ao menos reverter o quadro de endividamento.

 

Fonte: Diário de Santa Maria