Uma audiência pública realizada na noite da última sexta-feira, 16, na Câmara de Vereadores de São Sepé, reuniu órgãos de representatividade do município e funcionários públicos. O evento articulado pelo COMUDES (Conselho Municipal de Desenvolvimento), junto ao Sindicato dos Municipários buscou debater o futuro do Instituto de previdência do Rio Grande do Sul (IPE) após os impasses que vem sendo registrados no Estado.
O serviço garante ao funcionalismo convênios de plano de saúde. Atualmente, a Prefeitura de São Sepé e cada funcionário dividem 15% (7,5% cada) para manter o convênio junto ao órgão. O impasse surgiu após a divulgação de que o estado teria uma dívida bilionária com a entidade que por sua vez estaria com déficit. O serviço de exames e consultas médicas chegou a ser suspenso no início do mês, mas teve o prazo prorrogado para que as negociações entre o Estado e órgãos como a Famurs (Federação dos Município do Rio Grande do Sul) prossigam.
No ato em São Sepé, os funcionários mostraram preocupação com o cancelamento do plano. O IPE havia sugerido às prefeituras aumentar a parcela de contribuição para cerca de 22%, o que implicaria no bolso dos funcionários e nas contas municipais. A medida chegou a ser avaliada como positiva por alguns funcionários que enfatizaram a necessidade de manter o plano de saúde.
O prefeito da cidade, Leocarlos Girardello, disse que as negociações vem sendo feitas desde maio do ano passado. A ideia sugerida por ele é que não se aumente a taxa. Segundo Girardello, o problema enfrentado pelo IPE é de gestão, já que há uso incorreto de alguns serviços. “Em São Sepé foram gastos cerca de R$ 1,6 milhão em serviços para os funcionários em 2014 mas nunca tivemos o retorno do IPE de quanto arrecadamos à eles. Somente estes dados nos mostrarão se a entidade é sustentável ou não”, explicou o prefeito. Na Famurs, o prefeito sepeense também sugeriu que seja feito um recadastramento biométrico dos usuários e a renovação de todos órgãos que prestam atendimentos.
