“Conhecidos” dos sepeenses estão na lista da Operação Lava-Jato

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A lista de políticos suspeitos de participar da fraude da Petrobras foi divulgada na noite da última sexta-feira, 6. O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou após a Procuradoria-Geral da República pedir a abertura de 28 inquéritos contra 54 pessoas. A partir de agora, os citados na lista serão investigados para saber se há indícios de envolvimento na fraude.

Entre os citados na lista da Operação Lava-Jato estão políticos “conhecidos” dos sepeenses e que fizeram votos em São Sepé nas Eleições 2014. O deputado federal mais votado no município, Luiz Carlos Heinze (PP), está na lista. Políticos como Afonso Hamm (PP), José Otávio Germano (PP), Jerônimo Goergen (PP) e Vilson Covatti (PP) – ex-deputado – que fizeram votos em São Sepé também foram citados.

 


Citados na lista falaram à Rádio Gaúcha

 

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Jerônimo Goergen (PP) negou ter recebido doação de empresas envolvidas no escândalo. “Não recebi doação de nenhuma empresa investigada na Lava Jato”, afirmou o parlamentar. Por meio de sua conta no Facebook, Goergen considerou a denúncia infundada e disse que vai “enfrentar de frente” o caso. “Toda a nossa bancada do PP gaúcho foi colocada nesse balaio de gato. Querem misturar doações ao partido com o envolvimento individual. Estou à disposição de todos para falar sobre isso”, disse Goergen.

O deputado Luis Carlos Heinze disse que a única relação que teve com a Petrobras foi quando denunciou a compra de uma empresa gaúcha pela estatal. “Nunca conversei, nunca tive nada. Tive uma denúncia contra a Petrobras, que fiz um enfrentamento quando o Rossetto (Miguel Rossetto) era da Petrobas Biocombustíveis, sobre a compra de uma empresa, mas não sabia de nada, estou surpreso”.

Afonso Hamm também se mostrou surpreso com a citação do seu nome, e negou relação com os delatores do esquema de corrupção. “Nunca estive na Petrobras. Lembro só de uma reunião partidária em que eu conheci o Paulo (Roberto Costa, delator). Mas nunca tive contato com essas pessoas, por isso estou tranquilo. Só estou preocupado em vincular nosso nome nisso”, disse.

O ex-deputado federal Vilson Covatti negou que tenha recebido dinheiro de propina da Petrobras e que conhecia as pessoas envolvidas no esquema. “Confesso que para mim foi total surpresa. Como meu nome pode ser citado se não conheço ninguém, nunca fiz uma audiência, nunca recebi dinheiro?”.  Ele confirmou que recebeu dinheiro do diretório nacional para campanhas, mas afirmou que não acredita que os valores tivessem origem ilegal.

Em nota à imprensa, José Otávio Germano disse que foi surpreendido com a notícia. “Não há hipótese de que algo desabonatório ao meu nome ou a minha conduta possa ser encontrado nas investigações da operação Lava Jato, causando-me indignação e repúdio eventual ilação”, destacou Germano em um dos trechos da nota.

 


Veja a lista dos políticos que serão investigados

 

PP

Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba)

Aline Lemos Correa de Oliveira Andrade (ex-deputada por São Paulo)

Arthur Cézar Pereira de Lira (deputado por Alagoas)

Benedito de Lira (senador por Alagoas)

Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)

Gladison de Lima Cameli (senador pelo Acre)

Simão Sessim (deputado pelo Rio de Janeiro)

Nelson Meurer (deputado pelo Paraná)

Eduardo da Fonte (deputado por Pernambuco)

Luiz Fernando Faria (deputado por Minas Gerais)

Dilceu João Sperafico (deputado pelo Paraná)

Jerônimo Goergen (deputado pelo Rio Grande do Sul)

Sandes Jr. (deputado por Goiás)

José Afonso Hamm (deputado pelo Rio Grande do Sul)

Missionário José Olímpio (deputado por São Paulo)

Lazaro Botelho Martins (deputado por Tocantins)

Luiz Carlos Heinze (deputado pelo Rio Grande do Sul)

Renato Mölling (deputado por Rio Grande do Sul)

Renato Egígio Balestra (deputado por Goiás)

Roberto Pereira de Britto (deputado pela Bahia)

Waldir Maranhão (deputado por Maranhão)

José Otavio Germano (deputado pelo Rio Grande do Sul)

Mário Sílvio Mendes Negromonte (ex-ministro e ex-deputado pela Bahia)

João Pizzolatti (ex-deputado por Santa Catarina)

Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)

Roberto Teixeira (ex-deputado por Pernambuco)

Carlos Magno (ex-deputado por Rondônia)

João Leão (ex-deputado pela Bahia e vice-governador

Luiz Argôlo (ex-deputado pela Bahia, deixou o PP em 2013, filiado ao Solidariedade)

José Linhares (ex-deputado pelo Ceará)

Pedro Henry (ex-deputado pelo Mato Grosso)

Vilson Covatti (ex-deputado pelo Rio Grande do Sul)

 

PMDB

Aníbal Ferreira Gomes (deputado pelo Ceará)

Romero Jucá (senador por Roraima)

Renan Calheiros (senador por Alagoas, atual presidente do Senado)

Roseana Sarney (ex-senadora e ex-governadora pelo Maranhão)

Edison Lobão (senador pelo Maranhão e ex-ministro)

Valdir Raupp (senador por Rondônia)

Eduardo Cunha (deputado pelo Rio de Janeiro e atual presidente da Câmara Federal)

 

PT

Gleisi Hoffmann (senadora pelo Paraná e ex-ministra da Casa Civil)

Humberto Costa (senador por Pernambuco e ex-ministro)

Lindbergh Farias (senador pelo Rio de Janeiro)

Vander Loubet (deputado por Mato Grosso do Sul)

Cândido Vacarezza (ex-deputado por São Paulo)

José Mentor (deputado por São Paulo)

 


Políticos que tiveram processos arquivados

 

Arquivamento total

PSDB

Aécio Cunha Neves (senador por Minas Gerais)

 

PMDB

Henrique Eduardo Lira Alves (ex-deputado pelo Rio Grande do Norte e ex-presidente da Câmara)

Alexandre José dos Santos (ex-deputado pelo Rio de Janeiro)

 

PT

Delcídio do Amaral (senador por Mato Grosso do Sul)

 

Arquivamento parcial

PMDB

Romero Jucá Filho (senador por Roraima)

 

PP

Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba e ex-ministro)

Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)

 


Processos devolvidos à origem:

(STF julgou não ter atribuição para instaurar o inquérito e devolveu o processo a um instância inferior para providências)

 

João Alberto Pizolatti Jr (PET 5286)

Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto (PET 5286)

Candido Vaccarezza (PET 5559)

Antônio Palocci Filho (PET 5263)

 

 

Com informações, Zero Hora e Rádio Gaúcha.

Fontes: Zero Hora e Rádio Gaúcha

Foto: Diário de Santa Maria