Antes da codificação da Doutrina Espírita por Allan Kardec em 1857, só conhecíamos a dimensão espiritual pela idéia vaga de que, ao morrermos, iríamos para o céu ou para o inferno. Hoje, com os inúmeros depoimentos dos que estão na dimensão espiritual e que vem nos contar como é esta dimensão, sabemos que céu e inferno, como um local determinado, não existe.
O céu e o inferno nada mais são que um estado do nosso íntimo. Estão dentro de cada um de nós. Quando estamos felizes estamos no céu. Quando sofremos, estamos no inferno. Não importa se estejamos encarnados ou desencarnados. Não existe pior inferno que a nossa consciência a nos cobrar incessantemente algum ato errado que cometemos.
O sentimento de culpa e o arrependimento se tornam doentio e nos torturam continuadamente pelo mal que praticamos. Esta é a causa da maioria das doenças mentais, principalmente a depressão a ansiedade e o pânico. Da nossa consciência não conseguimos fugir jamais
Onde nós formos ela irá junto conosco e estará sempre a nos acusar. A nossa vida será um inferno. Se tivermos a humildade de reconhecer que somos imperfeitos e que errar faz parte da nossa condição evolutiva atual, conseguiremos nos desculpar, evitar estas doenças e sair do inferno.
Os erros servirão como experiência e como orientação para não mais os praticarmos. Não existe melhor céu que a nossa consciência tranquila com a certeza do dever cumprido. De termos agido com bondade, com caridade e com amor. A nossa consciência não vai nos acusar de nada e conseguiremos ter o sonho dos anjos e um despertar feliz. Este é o céu.
Vivermos no céu ou vivermos no inferno só depende do bom ou do mau uso que fizermos do livre-arbítrio que Deus nos deu, para livremente optarmos por agir no bem ou no mal. As conseqüências são inevitáveis.
Associação Espírita Jesus Nazareno
