BM contra a parede: autoridades pedem aumento de efetivo

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Uma reunião na manhã desta quarta-feira, 3, no gabinete de prefeito de São Sepé, Léo Girardello, debateu um dos temas mais comentados entre a população nos últimos dias: o aumento de crimes. Além do prefeito da cidade, participaram o presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Nágera, e membros do Consepro junto de um grupo do Comando Geral da Brigada Militar de Santa Maria e da imprensa local.

Léo Girardello foi o primeiro a falar. Ele destacou os números do atual efetivo da Brigada Militar e solicitou a viabilidade de transferência para o município de policiais que possuem familiares na cidade e hoje estão locados em outras partes do estado. A transferência deles estaria limitada ao pedido feito pelos próprios policiais e analisado pelo Comando. Para o Tenente Coronel Cardoso, a solução também pode estar ligada a manutenção do efetivo locado em São Sepé atualmente.

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A guarnição da BM não é considerada pequena se vista apenas no papel. São pelo menos 38 policiais. O grande problema, no entanto, são casos em que parte da equipe está locada em outros órgãos ou em atuações temporárias (em atividade o número não chega a 20 militares). A informação do Tenente Coronel Cardoso é de que a ação imediata a ser tomada deve ser permanência do efetivo na cidade. “Nossa meta agora é fazer uma articulação para que este grupo que é do município fique aqui”, explicou. Cardoso garantiu que o baixo efetivo não é uma exclusividade do município sepeense – o índice geral de defasagem chega aos 33% no estado – mas disse que o órgão está atento em tomar medidas práticas. “Tentar diminuir a saída destes policiais para outras operações é um começo. Outra possibilidade é uma turma de dois mil policiais que iniciam curso em março e serão formados em seis meses. É preciso uma articulação dos municípios para que eles sejam trazidos para a cidade”, explicou o Tenente que não garantiu data para a vinda de novos militares.

O presidente do Consepro, Eulo Machado, disse que a maior cobrança da comunidade está ligada ao número de policiais na rua, o que garante uma sensação de maior segurança. Já o presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Nágera, questionou sobre a efetivação de um novo capitão na cidade, algo que, segundo ele, daria maior destaque aos pedidos.

“A questão da segurança é de todos. Obviamente somos parceiros para qualquer ação que amenize o problema de efetivo, mas a população também deve entender que tudo está dentro de um processo. Quando uma pessoa reclama dos abigeatos, por exemplo, ela tem que lembrar que quando ela compra uma carne mais barata por ser sem procedência está incentivando este tipo de crime. Ou seja, tudo está relacionado às nossas ações como cidadãos”, frisou o Tenente Cardoso.

 


Videomonitoramento é complexo e envolve estudos

Outro tema abordado foi a implantação do sistema de videomonitoramento. O projeto que hoje passa por trâmites no Comando Geral é complexo, de acordo com Cardoso. Na reunião foram lembrados casos de município que implantaram as câmeras sem estudo prévio e hoje tem se deparado com a não execução plena dos serviços. “Existe um caminho ao qual o projeto percorre dentro do Comando até finalmente ser analisado pela Secretaria de Segurança do estado”, afirmou.

Dentro do Executivo também há estudos para a consolidação do monitoramento dentro dos projetos chamados “Cidades Digitais”, que envolvem o monitoramento através de câmeras, dentre outras ações que aliam tecnologia e eficácia nos serviços.

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Durante a reunião, carro da Brigada Militar ficou estacionado em local reservado para deficientes e idosos, em frente  à Prefeitura