Um projeto coordenado pela professora Angélica Neuscharank tem expressado a arte do grafite através do muro da escola Mário Deluy, em São Sepé. Conforme a professora, o objetivo do projeto é problematizar o grafite como forma de expressão artística contemporânea e o modo como está presente na vida dos seres humanos, o quanto está vinculado ao espaço urbano e a expressão de questões sociais e políticas.
Os alunos participantes discutiram as expressões artísticas emergentes durante as aulas de artes. Eles puderam debater o contexto em que a escola está inserida e foi percebida a importância de trabalhar com grafite. Para eles, esta arte é uma linguagem de comunicação atual que está vinculada a uma técnica peculiar que precisa ser valorizada, muito diferente da pichação que é considerada vandalismo.
Num primeiro momento os estudantes aprenderam a história e origem do grafite e sua relação com o movimento hip-hop, break, rap e os movimentos de protestos sociais e políticos. Depois os participantes conheceram quais materiais são usados, as técnicas utilizadas na elaboração do grafite e desenho. A verba do projeto foi arrecadada com o esforço de todos os alunos, professores e funcionários, por meio de uma ação entre amigos de Páscoa.
“São Sepé precisa de projetos como este, que tratam de temas de interesse e do cotidiano dos jovens, conscientizando-os para o cuidado da cidade onde vivem”, destaca a professora.
Atividades realizadas pelos alunos
Palestra – origem do grafite, relação com os movimentos do hip-hop, rap, break, exemplos de técnicas e materiais. Alguns trabalhos feitos pelo grupo SubsoloArt
Oficina de desenho – técnicas de desenho para quem tem interesse em começar a trabalhar com esta linguagem do grafite
Oficina com spray – juntamente com os alunos eles escreveram o nome da escola, aprenderam a manusear os sprays
Desenho – arte realizadas pelos grafiteiros, cujo o tema era tratar da arte do grafite
