Alunos da escola Leonardo Kurtz debatem Direitos Humanos em atividade interdisciplinar

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Os alunos da Escola Estadual Leonardo Kurtz participaram de um projeto sobre a temática dos direitos humanos. A proposta foi promover o debate sobre o tema e estimular os estudantes.

O projeto interdisciplinar “Educação em Direitos Humanos para uma cultura de paz” contou com atividades dos alunos de diversas turmas. A professora de Língua Portuguesa, Karoline Rodrigues de Melo, propôs aos alunos do 9º ano discussões sobre o tema igualdade entre os gêneros e orientou o grupo para a construção de um artigo de opinião sobre os Direitos da Mulher.

Além de respeitar a temática, os alunos deveriam apresentar argumentos científicos e de autoridade, tipos de argumentos fundamentais para enriquecer um texto argumentativo. Para demonstrar o trabalho realizado, foi escolhido o texto escrito pelo aluno Luan Pereira Wegner, o qual escreveu sobre o preconceito contra a mulher nos jogos online.

Já a turma do 7º ano trabalhou com a confecção de poesias cuja temática envolvia o respeito aos diferentes modos de ser. O objetivo foi refletir sobre o preconceito que atinge a sociedade como um todo.Um das poesias selecionadas foi dos alunos Luisa Ferreira e Carlos Eduardo Moraes que debateram o tema “preconceito x respeito”.

 

 

Veja parte do resultado da iniciativa:


O preconceito contra a mulher nos jogos online

*Luan Pereira Wegner

Um jogo online na maioria das vezes seria um meio de entretenimento e diversão se não fossem os famosos jogadores “tóxicos” que prejudicam e atrapalham a diversão dos outros jogadores. As mulheres muitas vezes também são vítimas desses jogadores.

Na comunidade brasileira de eSports, mulheres deixaram de ser minoria. Segundo dados da pesquisa Game Brasil 2016, as mulheres já representam 52,6% dos jogadores brasileiros. Um ano antes eram 47,1%. Em alguns casos, as jogadoras são obrigadas a ouvir comentários machistas do tipo: “Volta pra cozinha, volta!”, “Já terminou de lavar a louça?” ou, então, “Pega uma cerveja pra mim!”.

Um estudo publicado pela Universidade de Ohio (EUA) mostra que 100% das mulheres que jogam games por pelo menos 22 horas semanais já sofreram algum tipo de assédio. Para fugir disso, muitas jogadoras acabam escondendo suas identidades ao escolherem nicknames neutros ou masculinos. E foi pensando exatamente nessa questão que surgiu a iniciativa #mygamemyname.

O projeto convidou youtubers gamers brasileiros para sentir na pele o que as mulheres enfrentam ao jogarem online. Os participantes foram incentivados a usarem nomes femininos em partidas online e a gravarem o experimento.

Rolandinho, do canal Pipocando Games, foi um dos participantes da ação. Em entrevista a ESPN, o youtuber afirmou que já sabia como a comunidade de jogos pode ser muito violenta e que costuma repreender jogadores tóxicos. Entretanto, confessa que a experiência o fez ver a situação com outros olhos: “A experiência foi diferente. Chamei uma amiga para fazer a voz feminina no chat das partidas e durante uma delas aconteceu uma agressão bem séria, um assédio mesmo. Minha amiga perguntou se ela poderia ajudar o time em mais alguma coisa e um cara solicitou sexo oral para ela. Foi totalmente gratuito, fora de contexto, simplesmente para acanhar”, conta Rolandinho.

Sendo assim, as mulheres, mesmo sendo maioria nos jogos online, ainda são consideravelmente as mais prejudicadas com esse tipo de preconceito o qual deve ser fortemente combatido.


 

Preconceito x Respeito

*Luisa Silva Ferreira

*Carlos Eduardo Moraes

 

Preconceito é ser julgado por sua cor,

sentir medo de gente sem pudor

É não assumir sua sexualidade,

Com medo dos rótulos da sociedade;

É não ter direito à liberdade de expressão,

Com medo de balas que te levarão ao chão;

É ser escravo

De um padrão de beleza inviolável;

É não respeitar o outro pelo simples fato

De ele ser diferente, não ser igual a gente;

 

Respeitar é viver na diferença:

eu respeito a outro, e ele me respeita,

É não julgar pela sexualidade,

respeitar a escolha e não ligar pra sociedade;

É eu sair na rua e lutar por direitos,

Sem parar no hospital com uma bala no peito;

É aceitar meu corpo e não ser criticada pelos outros;

É aceitar o diferente…

Respeitar é mudar essa sociedade,

Acabar com a babaquice e a falta de igualdade;

Acabar com isso logo… Antes que seja tarde!